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Mostrando postagens de 2016

Família em pânico: Como lidar com a dependência química

Faz algum tempo, recebi esta carta endereçada à seção 100 dúvidas, da revista Vida e Saúde: “Tenho uma enteada de 25 anos de idade que é dependente de drogas , mas nega sempre. Parou de estudar, já gastou todo o dinheiro que tinha, perdeu o trabalho por causa da droga . Ela ainda mora com meus pais e está trazendo muitos problemas para eles. Minha mãe não sabe o que fazer. Meu pai está muito estressado. Parece que toda a família está entrando em colapso por causa dela. Como fazer para ajudá-la? O que devemos fazer como família?” A resposta, transcrita a seguir, também pode ser útil para outras famílias que lidam com problema semelhante: Dependentes químicos mentem muito. Fazem isso quase sempre, de forma a parecer verdade o que dizem. Mas evidências e possíveis comprovações podem desmascará-los e mostrar a verdade. Como familiar, duvide do que eles dizem, porque um dependente químico mente para enganar-se, enganar os demais e permanecer na droga. As mentiras fazem parte da doença

Entenda o que é a internação compulsória

O Governo do Estado deu início à parceria com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para plantão especial no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) para atendimento diferenciado aos dependentes químicos . Em casos extremos, a Justiça pode decidir pela internação compulsória do dependente . Para entender melhor o que é o programa e qual o objetivo da ação, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania preparou um guia com perguntas e respostas. 1) A internação compulsória está prevista em lei? Sim. Quando a pessoa não quer se internar voluntariamente, pode-se recorrer às internações involuntária ou compulsória, definidas pela Lei Federal de Psiquiatria (Nº 10.216, de 2001). § Internação involuntária : de acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os respo

Os adolescentes e as Drogas

No consultório, os pais de adolescentes e de jovens, de ambos os sexos, me perguntam quais foram as razões que levaram seus filhos a experimentar drogas, a repetir a experiência inicial, e as usarem até mesmo se tornarem dependentes químicos. Nunca lhes faltou carinho, amor e coisas materiais. Aparecem culpas de pai e de mãe, alguns acreditam que erraram na educação, ou foram frouxos ou rígidos demais; outros casais se separaram quando os filhos ainda eram pequenos, outros vivem juntos para manter aparências, outros acreditam que, por se amarem demais, não tiveram tempo para amar os filhos. Há muitos também que dedicaram todo o seu tempo para ganhar dinheiro e oferecer tudo material que a família precisou. Outros se culpam por terem deixado as crianças sob os cuidados de babás, empregadas ou das avós e de tias solteironas. Quem deles tem razão, quem é o mais culpado? Se pudéssemos fazer uma gincana dos mais culpados, todos partiriam com os mesmos pontos iniciais. A conclusão óbvia

O problema das drogas na sociedade em que vivemos!

O século XX viveu em guerra. Todas os habitantes da Terra sejam da Europa, da Ásia, das Américas, da pobre África  sofreram demais até os anos 70; foram muitos anos de dor, de miséria e de privações. Duas guerras mundiais, a Coréia, o Vietnam, as guerras de libertação dos países latino-americanos, dos países africanos. O nazismo, o fascismo, o comunismo, o capitalismo selvagem. Foi muito sofrimento para todos, e, ao que tudo indica, já há algum tempo, resolveu-se decretar o fim do sofrimento para todos. Para cada dor descobriu-se um novo medicamento que a aplaca, que a reduz quase a zero; o bebê faz uma caretinha de dor de barriga e lá vai a mãe buscar-lhe um remedinho para que não sofra mais. O irmãozinho está com 37ºC e a mamãe vai lhe dar um antibiótico, aquele mesmo que a amiga deu a seu filhinho e o mesmo sarou. Sofrer é coisa de nossos antepassados, hoje todos  aprendemos que sofrer é um pecado capital. Então se sofrer é pecado, como vamos lidar com a dor das perdas que sof

O que se deve saber para internar um dependente químico!

A internação de um familiar com problemas de dependência química é um fato que pode ser decisivo na recuperação do dependente e, portanto, os responsáveis da internação devem conhecer quais itens pesquisar junto ao estabelecimento para a tomada da decisão da internação. Lembrem que há clínicas e comunidades sérias e outras nem tanto, as quais visam apenas ganhar dinheiro com a desgraça alheia. Não interne seu familiar se informando sobre o estabelecimento pela internet. Lá tudo é bonito e funciona otimamente. Na prática pode ser diferente. Vá até o estabelecimento e comprove tudo pessoalmente Assim, abaixo colocamos algumas ideias de perguntas para serem discutidas com os responsáveis da clinica ou da comunidade que está sendo escolhida. Vinte principais perguntas sobre internação em clínica ou comunidade de recuperação de dependentes químicos Quais são os critérios que o estabelecimento utiliza para internação de um paciente? Existem tempos diferentes de internação para dif

Novidades e avanço no tratamento de dependentes químicos

Já imaginou o tratamento em busca do fim da dependência química partir do uso de ímãs? Existe uma técnica chamada optogenética, criada em 2005, onde mistura a biologia molecular e a estimulação ótica para saber como de fato trabalha os nossos circuitos celebrais, através de estudos e experimentos, notou-se que ratos de laboratório dependentes da cocaína, tiveram menos apreço pela droga quando submetidos ao tratamento onde proteínas sensíveis à luz eram introduzidas em seus cérebros, com isso um feixe luminoso estimulando o córtex pré-frontal, ajudavam a inibir a incontrolável necessidade da droga. Até então a experiência se valeu somente nos roedores, mas para os cientistas existe uma evidência de que com a estimulação magnética transcraniana, como esta sendo chamada a técnica, é possível chegar ao estágio de os humanos serem beneficiados com tal descoberta, para tratamento de dependentes químicos, e em ajuda a tratamentos de algumas doenças na qual o fatos das correntes cerebrai

UNIAD - unidade de pesquisas de álcool e drogas

Histórico A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes. A partir de novembro de 1996, ganhou sede própria, universalizou seu atendimento, iniciou suas atividades acadêmicas e parcerias com o setor público e da sociedade civil, sendo a UCAD - Jardim Ângela a iniciativa pioneira. O desenvolvimento destas atividades lhe proporcionou autonomia progressiva, concretizada em ações como: criação de linhas pesquisa financiadas pela FAPESP, ampliação do repertório de cursos oferecidos, parceria com Centro de Estudos do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Tais ações possibilitaram a captação de recursos e culminaram na aquisição de uma nova casa, que foi anexada à sede inicia

GREA - Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas

Apresentação Sediado no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o GREA - Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, vem desenvolvendo trabalhos na área de pesquisa, ensino, assistência e prevenção de álcool, tabaco e outras drogas desde 1981. Seu método se caracteriza por uma abordagem multidisciplinar, com equipe formada por psiquiatras, psicólogos, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. O grupo é considerado hoje como Centro de Excelência para Tratamento e Prevenção de drogas, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD. Missão O GREA tem a missão de fornecer soluções viáveis para problemas de saúde relacionados ao uso indevido de drogas, para usuários e familiares, comunidade acadêmica, instituições governamentais, de ensino, empresas e demais interessados na área, atendendo suas necessidades e excedendo suas expectativas através do desenvolvimento de pesquisas, de oferta

Recuperação

Tratamento Médicos e Psicológicos Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias, mas quando usam drogas as resistências pioram e acabam criando verdadeiras batalhas em casa para não ir às consultas. As elegações mais comuns são, entre outras: "Não sou louco para ir a um psiquiatra, os loucos são vocês", "Não sou viciado. Paro quando eu quiser", "Vão gastar dinheiro à toa!" Quando há comprometimento psicológico ou físico, a consulta especializada se faz necessária. Cabe ao profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento adequado. Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se necessário, medicamentos específicos. Há muito progresso no campo medicamentoso terapêutico. Novidades surgem a toda hora, entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais escolhidos. Só internação não resolve Em casos graves, quando o usuário está muito comprometido, a inte

Gostaria de saber quais os tipos de tratamentos para dependentes químicos?

Os principais tipos de tratamento disponíveis para dependência química são: médico; psicológico; grupos de auto-ajuda (como "Alcoólicos Anônimos" e "Narcóticos Anônimos"); e comunidades terapêuticas. Alguns pacientes se beneficiam mais de um determinado modelo de tratamento do que outros. Não existe uma forma de tratamento que seja universalmente a melhor. Um mesmo indivíduo pode tentar diferentes caminhos até encontrar o mais eficaz para si. De qualquer forma, a capacitação técnica dos profissionais envolvidos é essencial para obter-se resultados positivos. Os tratamentos que têm se mostrado mais eficazes, na maior parte dos casos, são aqueles que utilizam abordagens multiprofissionais. Veja agora como é cada um deles: Grupo de auto ajuda Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) são grupos de ajuda mútua formados por voluntários. Homens e mulheres dependentes de drogas se reúnem para discutirem seus problemas, dificuldades e sucessos. Os AA e out

Dependência Química

A dependência química ou física é uma condição orgânica que nasce da utilização constante de certas drogas psicoativas, as quais consequentemente provocam o aparecimento de sintomas que envolvem especialmente o Sistema Nervoso Central, o qual se torna dependente de uma dada substância, sofrendo assim os efeitos de uma abstinência repentina e prolongada. O uso abusivo do álcool, de drogas consideradas ilegais e da nicotina pode gerar esta reação corporal. A dependência é distinta do vício, que leva o usuário ao consumo excessivo e compulsivo da droga, gerando uma conexão psíquica mais profunda, uma ligação patológica com as substâncias utilizadas. Mas a sujeição química também é uma enfermidade, que exige tratamento eficaz e muitas vezes urgente. Pode-se reconhecer este quadro através da observação de diversos sintomas, entre eles a carência de ampliar a dose habitual para se conquistar repetidamente o efeito desejado; ansiedade, irritação, incapacidade de dormir normalmente ou tre

O que é Dependência química?

A dependência química é definida pela 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes. Causas A dependência química é uma doença crônica e multifatorial, isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais. Muitos estudos buscam identificar características que predispõe um indivíduo a um maior risco de desenvolver abuso ou dependência. Em relação ao álcool, por exem