PASSO SETE
“Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.”
Os defeitos de caráter são as causas da dor e do sofrimento nas nossas vidas.
Se contribuíssem para a nossa saúde e felicidade, não teríamos chegado a um tal estado de desespero.
Tivemos que ficar prontos para que Deus, da maneira como nós O compreendíamos, removesse estes defeitos.
Decidindo que queríamos que Deus nos aliviasse dos aspectos inúteis ou destrutivos das nossas personalidades, chegamos ao Sétimo Passo.
Não conseguíamos lidar sozinhos com as provações das nossas vidas.
E só o percebemos, quando já havíamos feito das nossas vidas uma grande confusão.
Ao admiti‐lo, alcançamos um lampejo de humildade.
Este é o ingrediente principal do Passo Sete.
A humildade resulta de sermos mais honestos conosco.
Temos praticado a honestidade desde o Passo Um.
Aceitamos nossa adicção e impotência.
Encontramos uma força além de nós e aprendemos a confiar nela.
Examinamos nossas vidas e descobrimos quem somos realmente.
Somos verdadeiramente humildes quando aceitamos e tentamos, honestamente, ser quem somos.
Nenhum de nós é perfeitamente bom ou inteiramente mau.
Somos pessoas com qualidades e deficiências.
E, acima de tudo, somos humanos.
A humildade é tão importante para nos mantermos limpos, como comer e beber são importantes para a nossa sobrevivência.
À medida que a nossa adicção progredia, dedicávamos a nossa energia a satisfazer nossos desejos materiais.
Todas as outras necessidades estavam fora do nosso alcance.
Queríamos sempre a satisfação dos nossos desejos básicos.
O Sétimo Passo é de ação, e chegou a hora de pedirmos a Deus ajuda e alívio.
Temos que compreender que a nossa maneira de pensar não é a única; outras pessoas podem nos aconselhar.
Quando alguém nos aponta um defeito, a nossa primeira reação poderá ser defensiva. Temos que compreender que não somos perfeitos.
Sempre haverá espaço para o crescimento.
Se quisermos realmente ser livres, ouviremos atentamente o que os companheiros tiverem a nos dizer.
Se os defeitos que descobrirmos forem reais, e tivermos oportunidade de nos livrarmos deles, certamente experimentaremos uma sensação de bem‐estar.
Alguns vão querer dar este passo de joelhos. Alguns permanecerão em silêncio, e outros demonstrarão uma intensa boa vontade, através de um grande esforço emocional.
A palavra humildade se aplica, pois nós nos aproximamos deste Poder maior do que nós, para Lhe pedirmos a liberdade de uma vida sem as limitações passadas.
Muitos de nós estão dispostos a trabalhar este passo sem reservas, na base da pura fé cega, pois estamos cansados do que temos feito e de como nos sentimos.
Iremos até o fim com qualquer coisa que funcione.
Esta é a nossa estrada para o crescimento espiritual. Mudamos todos os dias.
Aos poucos e com cuidado, saímos do isolamento e da solidão da adicção e entramos na corrente da vida.
Este crescimento não é o resultado de um desejo, é resultado de ação e oração.
O objetivo principal do Passo Sete é sair de nós mesmos e lutar para alcançar a vontade do nosso Poder Superior.
Se formos descuidados e não conseguirmos captar o significado espiritual deste passo, poderemos ter dificuldades e atiçar velhos problemas.
Um dos perigos é sermos excessivamente duros conosco.
Partilhar com outros adictos em recuperação ajuda a evitar que nos tornemos morbidamente sérios a nosso respeito.
Aceitar os defeitos dos outros pode nos ajudar a nos tornarmos humildes e pode abrir o caminho para que os nossos próprios defeitos sejam removidos.
Muitas vezes, Deus se manifesta através daqueles que se importam com a recuperação, ajudando‐nos a tomar conhecimento dos nossos defeitos.
Reparamos que a humildade tem um papel muito importante neste programa e na nossa nova maneira de viver.
Fazemos o nosso inventário; prontificamo‐nos a deixar que Deus remova nossos defeitos de caráter; humildemente pedimos a Ele que remova os nossos defeitos.
Este é o nosso caminho para o crescimento espiritual, e vamos querer continuar. Estamos prontos para o Passo Oito
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